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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amor, meu grande amor...


Quem não busca a pessoa perfeita que atire a primeira pedra, mas quem seria essa pessoa perfeita? Para mim (e milhares de mulheres) o homem perfeito é quem abre a porta do carro, puxa a cadeira para você se sentar, paga a conta (e todas as outras), lhe presenteia com flores, jóias e poesias, é um "animal" como amante (no bom sentido), só tem olhos para você, é sensível, inteligente, bem humorado e não liga para sua forma física, nem toda mulher possui recursos financeiros para frequentar academia, clínica de estética ou cirurgião plástico.

Para os homens a mulher perfeita tem que ser um "chester" com um belo derrière, cabelos longos (a maioria prefere porque não sabe o trabalho que dá manter cabelos longos) e... Bom, parece que não gostam muito de mulheres inteligentes, não a maioria que conheci. É como se mulher inteligente lhes diminuísse de alguma forma. Piadas sobre mulheres inteligentes não faltam, uma delas é de que toda mulher inteligente é feia e não lhes resta outra coisa senão a faculdade (vide Betty, la fea) e que mulher bonita não precisa mostrar talento intelectual.

E com toda essa confusão de quereres, a busca pelo amor termina por deixar nós, mulheres, num dilema: ser "fácil" ou ser "difícil".
Ser "fácil" é termo usado por homem canalha, homem que se acha o máximo por ser garanhão e daí pergunto: o que uma mulher vê nesse tipo de homem? Aventura ou o desafio de mudar esse homem?
Se busca apenas uma satisfação física, não sei se vale o esforço, mas por que não?
Agora se você se ilude com a idéia de que vai "domesticar" esse garanhão, então você é louca.
Ninguém muda ninguém, essa é foi a lição que minha avó deixou após quase 60 anos de casada com o mesmo homem.
Pergunta-se muito qual a receita de sucesso dos casamentos de algumas décadas atrás e a resposta é a seguinte: para a mulher só restava se casar, parir, cuidar da casa e dos filhos e ignorar a infidelidade de seus maridos. Ao homem tudo era (e é) permitido. A mulher desquitada era mal vista pela sociedade, o homem desquitado não, até mesmo as mulheres não hesitavam em desmerecer a esposa do dito cujo pela "fatalidade", talvez no fundo a invejassem por não poder fazer o mesmo com seus maridos, mas encarar a sociedade era para poucas corajosas.
Nessa época o príncipe encantado era qualquer um que quisesse se casar, se fosse correspondida em seus sentimentos tanto melhor, mas muitas se casavam iludidas e isso perdura até hoje.


E quando é que sabemos que estamos iludidos? Quando damos às nuvens a forma que imaginamos ver.
Perfeição não existe, no máximo há afinidades, gostos em comum que não significam que a pessoa seja perfeita para nós. Amizades existem por afinidades, mas o amor que une homem e mulher é mais que isso.

Já conheci muita gente que sofreu por amor. Sofreu por amor? Alguém realmente sofre por amor ou por ilusão desfeita?
Sofre-se por ilusão desfeita, sofre-se mais pelo fato da outra pessoa não estar interessada nas mesmas coisas que nós, sofre-se por criar fantasias enquanto a outra pessoa não as cria.
Sofre-se quando percebemos que não podemos moldar a outra pessoa como nuvens, nós criamos e vemos desenhos nas nuvens que só existem em nossa imaginação, assim somos nós quando estamos nos relacionando com alguém.

Amor é sentimento que nasce na alma e não nos sentidos físicos. Agradar-se de alguém fisicamente não significa que nos agradaremos dessa pessoa moralmente.
Já me encantei por um belo rapaz, lindo é a expressão mais correta. Ele fazia jus ao ditado "por fora bela viola, por dentro pão bolorento". Mostrou-se simpático a princípio, como fazemos quando queremos conquistar alguém, mas depois revelou sua verdadeira face.
Que homem grosso, estúpido. Tinha sido noivo, foi dispensado e não sabia porquê. Era tão cheio de si que a queria de volta por todos os meios, mas não obteve êxito e eu fui a próxima mais próxima.
Tanta beleza exterior e nenhuma beleza interior. Não suportei e fiz a fila andar.
Conheci um príncipe desencantado com as mulheres, também tinha sido noivo, mas foi traído.
Beleza exterior maior que o anterior, beleza interior tão grandiosa quanto a exterior, mas ele não é perfeito... rs
Não é perfeito para mim porque quero moldá-lo como moldo as nuvens, quero que ele se decida por nós em meu tempo, me irrito com ele por achar que não me ama e ele sempre me dá mostras do quanto gosta de mim.
Gosto dele por ele suportar meus defeitos e nunca jogá-los na minha cara e eu também não jogo na cara dele seus defeitos. Acima de tudo nosso relacionamento é civilizado, sempre conversamos, ele sempre me apoia e eu sempre o apoio. Não sei onde isso vai dar e cada dia que passa eu pago para ver.
Eu tenho consciência de que ele não mudará, mas em uma coisa eu gostaria que ele fosse diferente e eu sei que só depende dele, por isso abri mão.

Viver o relacionamento e curtir a pessoa é melhor que ficar tecendo fantasias sobre sua perfeição segundo meu conceito. O que sinto por ele não é capricho e nem necessidade, ele não me faz feliz, ele complementa minha felicidade porque já a tenho em mim muito antes de conhecê-lo. Não estou com ele para satisfazer minhas carências. E ele está comigo, ainda, porque realmente gosta de mim, é comigo que ele quer ficar e estar, como me disse uma vez.

Ele nunca me disse Eu te amo, não diretamente. E sabe de uma coisa? Nunca me fez falta ouvir isso porque suas atitudes comigo sempre falaram e falam baixinho no meu ouvido "te amo"...

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